Alergias e as manifestações na pele
Que tal aproveitar o Dia Mundial da Alergia, instituído em 08 de julho, para saber mais sobre suas manifestações na pele?
Segundo a Dra. Angélica Pimenta, dermatologista e tricologista responsável pela Clínica Caiena, em média, 30% da população brasileira sofre de algum tipo de alergia, e as principais envolvem os alimentos como, por exemplo, leite, soja, ovo, trigo e amendoim; produtos de uso na própria pele e de limpeza e, ainda, as dermatites de contato que são desenvolvidas pelo contato com ativos químicos.
“Aproximadamente são avaliadas 30 substâncias que mais dão alergia na população em geral. São elas: plantas (como hera venenosa), borracha (incluindo látex), antibióticos, fragrâncias, conservantes e alguns metais (como níquel e cobalto). Vale lembrar que o paciente o qual desenvolve dermatite de contato precisa ter uma predisposição genética e hereditária, gerando assim algum tipo de alergia relacionado aos itens citados anteriormente, independente da quantidade”, afirma.
Tratamento das alergias de pele no dia a dia do consultório
Dra. Angélica explica que o tratamento para alergia é simples. O primeiro passo é recomendar ao cliente para retirar o componente que está causando. Além disso, podem ser prescritas pomadas para serem aplicadas na região afetada.
“Na prática do consultório, o que eu mais vejo é dermatite de contato alérgica por principalmente, esmaltes, tinta de cabelo e bijuterias. Quando diagnosticado, peço o teste alérgico e oriento ao paciente para não utilizar a determinada substância e prescrevo pomadas com corticoides leve e moderado”, ressalta.
A dermatologista ainda informa que não existe uma maneira de prevenir a condição, visto que o indivíduo necessita ter a predisposição e, quando tem uma alteração do estado imune do corpo, acaba produzindo mais anticorpos contra aquele elemento e, consequentemente, aparece a alergia.
“A dica que eu dou é: quanto menos entrar em contato com o alérgeno, menos intensa será a reação. Evitar é a melhor forma de prevenção. É importante também saber que a dermatite de contato alérgica não tem cura”.
Crianças x alergias
De acordo com a dermatologista, estudos mostram que as crianças estão mais propensas a desenvolver alergias, especialmente relacionadas aos alimentos. Porém, como possuem a pele mais delicada, deve-se investigar para verificar se é dermatite alérgica ou apenas uma irritação.
“Se for diagnosticado dermatite alérgica, é possível controlar, mas não curar. Já a dermatite irritativa é mais fácil de tratar, porque a causa, geralmente, é uma alteração dos produtos usados na crianças”.
Alergias: é possível ter qualidade de vida?
Dra. Angélica afirma que sim graças aos tratamentos existentes, mas desde que feitos da maneira assertiva para estabilizar grande parte dos casos.
A dermatologista ainda alerta o quanto é imprescindível mostrar aos clientes para considerarem a alergia como algo sério, porque existe uma predisposição dos quadros piorarem, conforme a pessoa vai entrando em contato com o alérgeno.
A outra dica é sempre averiguar a causa. Alguns indivíduos não sabem o motivo e, além disso, determinados ativos que estão nos cosméticos podem ser encontrados também em alimentos e produtos de limpeza, por exemplo.
“Quando pesquisado corretamente, conseguimos orientar os pacientes para evitarem contato com o que provoca a condição. Outro ponto é que o estresse intensifica a situação, assim reforço a importância de conhecer as substâncias que desencadeiam a alergia a fim de controlá-la e prevenir a piora ao longo do tempo”, finaliza.
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